Por Pamela Rugoni Dresch, Especialista de Produtos e Inovação e Influencer da Way2 | 16 janeiro, 2025 | 0 Comentário(s)
Medição de Baixa Tensão: Desafios e Oportunidades na Era do Mercado Livre de Energia
Descubra os principais desafios e oportunidades relacionados à medição de baixa tensão no setor elétrico brasileiro, destacando a importância da modernização tecnológica frente à abertura do Mercado Livre de Energia. Com uma análise detalhada do cenário atual, avanços regulatórios e benefícios dos medidores inteligentes, o conteúdo reflete a expertise da Way2, líder em soluções tecnológicas para o setor.
O setor elétrico brasileiro está passando por transformações significativas com a abertura do mercado e a modernização da infraestrutura. Nesse contexto, a medição de energia elétrica, desempenha um papel estratégico para garantir eficiência, confiabilidade e adaptação às demandas da área. Este artigo explora o panorama atual, os desafios tecnológicos e regulamentares e as oportunidades que surgem para distribuidoras e consumidores.
O Cenário Atual da Medição de Baixa Tensão no Brasil
A medição de baixa tensão abrange unidades consumidoras com tensão inferior a 2.300 volts, como residências e pequenos comércios, que correspondem a 88,7 milhões de unidades no Brasil. Embora a tecnologia tenha avançado, apenas cerca de 5% dessas unidades possuem medidores inteligentes, o que demonstra o grande potencial para modernização.
Evolução dos Medidores
A evolução dos medidores, que antes eram exclusivamente analógicos, passa pela inclusão de medidores digitais e, mais recentemente, medidores inteligentes, capazes de realizar leituras remotas e fornecer informações em tempo real tanto para os consumidores quanto para as distribuidoras.
Desafios por Distribuidoras
Distribuidoras no Brasil têm avançado no processo de modernização para acompanhar esse novo cenário:
- ENEL SP: Apenas 4,3% dos consumidores de baixa tensão têm medidores inteligentes, mas a meta é atingir 100% nos próximos anos.
- COPEL: Acima da média de outras distribuidoras, com 10% de cobertura e meta de digitalização completa até 2030.
- CEMIG: Com 3,1% de cobertura atual, planeja instalar 1,25 milhão de novos medidores até 2027.
- CPFL e EDP: Avanços ainda modestos, mas com projetos de expansão em andamento.
A Medição Centralizada como Solução Viável
A digitalização em baixa tensão frequentemente está associada a sistemas de medição centralizada. Esses sistemas utilizam unidades concentradoras de dados (DCU – data concentrator unit), que coletam informações de vários medidores e as enviam para a distribuidora. Essa abordagem oferece:
- Redução de custos operacionais: Menor necessidade de leitura manual.
- Eficiência na gestão: Processos de corte, religação e monitoramento automatizados.
- Monitoramento remoto: Facilita a detecção de fraudes e problemas técnicos.
Regulamentação e Desafios Econômicos
A possibilidade de migração da baixa tensão para o Mercado Livre de Energia, com abertura prevista para 2026, apresenta desafios técnicos e financeiros. Substituir os medidores atuais por dispositivos inteligentes exige altos investimentos. O custo médio estimado para essa troca é de R$ 667 por unidade, incluindo:
- 75%: Aquisição e instalação do novo medidor.
- 15%: Custos de telecomunicações.
- 10%: Remoção do equipamento antigo.
Barreiras e Soluções Alternativas
O movimento regulatório vem se estruturando para a não exigência de substituição dos equipamentos, em favorecimento a metodologias de tratamento dos dados atuais coletados para atender os requisitos de contabilização do mercado. Sendo as alternativas:
- Perfis de Carga Padrão (SLP): Modelos estatísticos para estimar consumo, reduzindo a necessidade de medidores inteligentes em todas as unidades.
- Economia de escala: Implantação em massa para viabilizar economicamente a transição.
Motivadores para a Modernização dos Medidores
A modernização dos medidores vai além da abertura do mercado. Ela também apoia desafios como:
- Fraudes e inadimplência: Medidores inteligentes incluem recursos de detecção de fraudes, como alarmes anti-tamper e sensores de campo magnético.
- Qualidade no fornecimento: Monitoramento em tempo real reduz interrupções e melhora a eficiência operacional.
- Redução de custos operacionais: Automatização de processos diminui despesas com leitura manual e manutenção.
Benefícios da Digitalização
Estudos demonstram benefícios claros da implementação de medidores inteligentes:
- Melhoria na qualidade do serviço: Redução de até 10% no tempo de interrupção de energia.
- Redução de perdas técnicas e não técnicas: Projetos na Índia, por exemplo, reduziram perdas em até 50%.
- Eficiência tarifária: Tarifação diferenciada permite que consumidores aproveitem períodos de menor custo.
Impactos da Abertura do Mercado Livre
A abertura do mercado livre representa uma nova oportunidade para consumidores e distribuidoras, mas também exige infraestrutura adequada:
- Tecnologia de medição avançada: Fundamental para monitorar e gerenciar o consumo de forma precisa.
- Preparação para 2026: Regulamentação e investimentos precisam garantir a interoperabilidade entre tecnologias e fabricantes.
A modernização da medição de baixa tensão é essencial para integrar consumidores ao Mercado Livre de Energia e melhorar a eficiência do setor elétrico. Apesar dos desafios financeiros e regulatórios, tecnologias como medidores inteligentes e sistemas de medição centralizada oferecem uma base sólida para um futuro mais sustentável e conectado.
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