Por Nathália Viegas, Analista de Marketing | 22 setembro, 2023 | 0 Comentário(s)
5 ações para atrair clientes no Mercado Livre de Energia
Com um grande número de novos consumidores migrando para o ambiente livre de contratação a partir de 2024, as comercializadoras varejistas começam a olhar para diferentes estratégias de mercado que garantam a aquisição de novos clientes.
Mais de cinco mil consumidores já solicitaram a migração para o ambiente livre de comercialização em 2024. E este cenário continuará crescendo exponencialmente nos próximos anos. Os dados fornecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em nota técnica que propõe novas regras para as varejistas, reforçam que o ACL tem se consolidado como um espaço altamente dinâmico e atrativo para consumidores de diversos setores.
Nesse contexto, a capacidade de atração de novas contas tornou-se um fator crítico para o sucesso das comercializadoras varejistas, que têm explorado diferentes ações para atrair clientes no mercado livre de energia. Elas oferecem contratos flexíveis e soluções personalizadas para atender às necessidades de cada consumidor. Permitindo que reduzam custos e tenham maior controle sobre o consumo de energia.
Além disso, também têm se apoiado na tecnologia para reter clientes neste mercado, que está cada vez mais competitivo. Com a adoção de sistemas avançados para gestão de energia, as varejistas conseguem obter mais eficiência operacional. Identificando oportunidades de economia e personalizando ofertas para cada cliente. Abaixo, você confere uma lista com 5 ações estratégicas e essenciais para as comercializadoras que buscam se destacar com a abertura do mercado.
1 – Educar o consumidor livre
Com a abertura do mercado a toda alta tensão, será necessário que as comercializadoras eduquem seus clientes em potencial. Afinal eles precisam entender não só o que é o Mercado Livre. Mas também sobre contratos de energia, movimentações do setor elétrico e quais as melhores opções que existem para suas operações energéticas.
A abertura gradual desse mercado a um número cada vez maior de empresas promove a competição entre varejistas. E, por consequência, a redução de tarifas para consumidores e o estímulo à eficiência energética. Portanto, as comercializadoras precisam estar cada vez mais atentas às necessidades desses novos consumidores livres, para explicar a eles o que todo esse cenário representa.
Muitas já perceberam essa necessidade e têm trabalhado na produção de artigos, e-books e publicações informativas sobre aspectos básicos do ACL, a fim de tornar o tema cada vez mais comum aos novos consumidores e é uma das mais fáceis ações para atrair clientes no mercado livre de energia.
Além disso, ao compreenderem os aspectos do mercado livre, os consumidores poderão tomar decisões mais informadas e com base em práticas mais sustentáveis. Conhecendo as opções disponíveis, em termos de fontes de energia e contratos, podem fazer escolhas alinhadas com suas preocupações ambientais. Portanto, essa educação não apenas capacita os consumidores para economizar dinheiro. Mas também os capacita a contribuir para uma transição energética “mais limpa”, o que é crucial para enfrentar os desafios globais das mudanças climáticas.
2 – Incentivar a comercialização de fontes renováveis
Ultimamente temos visto grande movimentação no setor elétrico em favor da transição energética e do reforço de se produzir energia por meio de fontes renováveis. O Brasil tem um grande potencial de ser protagonista mundial nessa frente, mas para isso, é necessário que todo o mercado caminhe no mesmo sentido.
As fontes de energia renovável, como solar e eólica, não apenas reduzem a dependência de fontes fósseis, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas. Mas também podem se apresentar como uma oportunidade de economia a longo prazo para as empresas. A queda dos custos associados à energia renovável torna essas opções competitivas.
E, ao incentivá-las, as comercializadoras varejistas podem conquistar consumidores que buscam a redução de custos investindo em energia limpa. Além disso, a promoção das fontes renováveis também se alinha com as metas de sustentabilidade e responsabilidade corporativa.
Empresas que adotam energia limpa podem melhorar sua imagem pública e atender às crescentes expectativas dos consumidores e investidores em relação à responsabilidade ambiental. As maiores comercializadoras do mercado já têm se posicionado a favor dessa causa, promovendo eventos sobre sustentabilidade e abraçando projetos norteados pelas práticas ESG.
3 – Segmentar os clientes no mercado livre de energia
Ao analisar os consumidores livres que vão ingressar no mercado livre de energia, a partir de 2024, é muito importante segmentá-los por área de atuação. Devido à diversidade de necessidades e perfis existentes entre as empresas.
A segmentação permite às comercializadoras de energia direcionar suas ofertas e serviços de forma mais precisa, atendendo de maneira eficaz às demandas específicas de cada cliente.
Hoje, algumas comercializadoras já disponibilizam as soluções de forma separada, ofertando pacotes de serviços por segmento de atuação do consumidor (indústria, varejo, agronegócio, etc). Essa disposição mais organizada e assertiva do portfólio, facilita a visualização dos potenciais clientes sobre o que as varejistas estão ofertando, dando mais clareza e entendimento ao negócio.
Isso resulta em maior satisfação dos consumidores e em um mercado mais competitivo, à medida que as empresas podem escolher contratos que se alinhem com suas operações, objetivos financeiros e estratégias de sustentabilidade.
4 – Ofertar portfólio de soluções diversificado
Para atuar com comercialização de energia não basta ofertar uma solução básica ou que tenha apenas uma ferramenta chave. A diversificação de portifólio faz toda a diferença quando o consumidor livre vai escolher um representante no mercado.
Muitas comercializadoras, hoje, atuam com gestão de energia também, ofertando consultorias mais personalizadas e sugerindo medidas específicas para otimizar o uso de energia. Isso não apenas reduz os custos operacionais das empresas, mas também contribui para a redução do consumo de energia em larga escala. Alinhando-se com os objetivos de sustentabilidade e responsabilidade ambiental.
Portanto, a segmentação dos consumidores no mercado livre de energia não apenas maximiza a satisfação do cliente. Mas também impulsiona o progresso em direção a um setor energético mais eficiente e sustentável.
Ao entrar no site das maiores varejistas do país, é possível perceber a gama de soluções ofertadas: gestão de contratos, análise de riscos, compra e venda de energia, consultoria e gestão de energia, I-RECs, dentre outras.
5 – Oferecer flexibilidade aos consumidores livres
Ter flexibilidade ao lidar com diferentes perfis de consumidores é essencial para atrair clientes no mercado livre de energia. Negociações flexíveis permitem que os consumidores ajustem seus acordos de fornecimento de energia de acordo com flutuações sazonais, mudanças nas operações ou metas de eficiência energética.
Isso não apenas proporciona um maior controle sobre os custos de energia. Pois também aumenta a adaptabilidade das empresas em um ambiente de negócios em constante evolução.
Além disso, é importante ter mais de uma opção de modelo de negócio disponível no mercado. Muitas comercializadoras, por exemplo, têm apostado no desconto garantido para atrair os novos consumidores livres, ofertando percentuais que variam, em média, entre 25% e 30% de economia.
Com a capacidade de se adaptar rapidamente às mudanças nas condições de mercado, interrupções no fornecimento ou eventos imprevistos, as empresas podem manter a continuidade das operações e minimizar os riscos associados à energia.
A tecnologia é essencial para atuar e atrair clientes no mercado livre de energia
As comercializadoras varejistas têm a necessidade de acompanhar com frequência as tendências tecnológicas do mercado livre de energia, devido à natureza cada vez mais digital e automatizada do setor. Com a rápida evolução da tecnologia, a digitalização se tornou uma parte fundamental das operações no mercado de energia, desde a coleta de dados até a gestão de contratos.
Internet das Coisas (IoT), análise de dados em tempo real e inteligência artificial estão sendo incorporadas para otimizar o consumo de energia, prever demandas e identificar oportunidades de eficiência. Com base em dados detalhados sobre o perfil de consumo, as comercializadoras podem criar contratos sob medida que atendam às necessidades específicas de cada empresa.
Portanto, para permanecerem competitivas e oferecerem serviços de alto valor, as comercializadoras varejistas devem estar em constante sintonia com as novidades tecnológicas lançadas para o setor elétrico.