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Entender como a fatura de energia elétrica é composta e como as modalidades tarifárias são aplicadas são ações essenciais não só para os consumidores, mas também para as usinas de Geração Distribuída. Com o segmento crescendo em um ritmo acelerado – a GD já alcançou mais de 12,2 GW de potência instalada no Brasil, é preciso entender o quanto o controle das faturas de energia é essencial no processo operacional das usinas. 

Conhecer a fundo os dados presentes nas faturas permite evitar possíveis erros no registro do que foi consumido pela usina de energia, e o que foi gerado, com seus respectivos faturamentos e abatimentos. 

No entanto, por mais importantes que estes que itens possam ser, compreender os dados presentes nas faturas não é algo muito fácil. Por isso, reunimos abaixo as informações mais importantes que você deve analisar ao ler a fatura de energia para a Geração Distribuída.

O que é fatura de energia elétrica?

A fatura ou conta de energia resume-se ao documento que contém o valor a ser pago à distribuidora pelo fornecimento de energia elétrica, conexão e uso do sistema ou da prestação de serviços. Nele, devem constar quais serviços foram fornecidos, além da sua respectiva quantidade, a tarifa a ser cobrada e o período em que foi feito o faturamento. 

Portanto, a fatura de energia elétrica é preenchida por dados sobre os custos envolvidos na prestação dos serviços de geração, transmissão e distribuição, somados aos encargos setoriais e tributos.

Ao fazer a análise da composição da fatura de energia elétrica é necessário conferir os seguintes itens:

• datas de leitura 
• mês de referência
• histórico de consumo
• consumo faturado no mês
• modalidade tarifária
• impostos incidentes
• energia injetada/ compensada
• adicionais de multas, juros e mora
• excedente de reativos
• demanda de energia contratada e faturada, em caso de consumidores do grupo A
• aviso de corte

Quais dados compõem a fatura de energia elétrica para a Geração Distribuída?

Embora as faturas de energia elétrica sigam um padrão em sua composição, os documentos direcionados ao segmento de Geração Distribuída se diferenciam do modelo convencional. Isso acontece, porque na GD há injeção e compensação de energia na unidade consumidora. 

Portanto, existem outros campos importantes que precisam ser preenchidos, tornando diferente uma fatura de uma UC com GD, em relação a uma UC sem GD. Neste caso, a fatura de energia elétrica deve informar o saldo acumulado associado à unidade consumidora, a energia compensada no mês e os abatimentos na fatura relativos à Geração Distribuída de energia. 

Outro ponto importante é que as contas de energia elétrica para o consumidor e para a usina de GD também apresentam dados diferentes:

Fatura de energia para o consumidor de GD

No caso da fatura para o consumidor, o documento contará com a cobrança da energia consumida da rede da concessionária, de acordo com a tarifa referente à sua modalidade tarifária e os impostos aplicáveis, como qualquer outra unidade consumidora. No entanto, nesta fatura também deverá constar o registro da energia proveniente da Geração Distribuída, que foi injetada e compensada naquele mês ou referente a um saldo acumulado. 

A forma de exibição desses dados pode variar de distribuidora para distribuidora. Geralmente, existem duas informações importantes neste tipo de fatura de energia elétrica: 

1. Primeira: uma parcela referente ao consumo daquela energia entregue pela distribuidora, com a cobrança da tarifa integral contendo os impostos devidos. E outra parcela com o abatimento dessa mesma energia que foi injetada pela GD, com um valor negativo, indicando que essa quantia está sendo abatida da conta. A diferença da tarifa de uma parcela para a outra está na incidência de impostos. 

2. Segunda: outro item importante para se observar nas faturas de unidades em GD é o saldo acumulado informado. Esse saldo é resultado da energia que foi alocada para uma determinada unidade consumidora e ainda não foi consumida.

Fatura de energia para a usina de GD

Apesar da da fatura de energia para a Geração Distribuída seguir a mesma composição do documento para o consumidor de GD – contendo o registro do que foi consumido pela usina de energia e o que foi gerado, com seus respectivos faturamentos e abatimentos, ela deverá trazer mais dados para as unidades consumidoras do grupo A de tensão. Neste caso, apresentando informações de demanda de energia contratada e faturada, além de todos os demais campos de consumidores sem GD.

Com relação aos impostos, o PIS/ COFINS será isento de cobranças na energia injetada, uma vez que a unidade que consome é a mesma que injeta energia. Enquanto o ICMS será aplicado conforme a definição de cada estado. E a parcela de energia injetada na rede para as demais unidades consumidoras associadas à usina também precisa ser discriminada na fatura, em horário de ponta e fora de ponta.

Como as modalidades tarifárias são aplicadas à Geração Distribuída?

A aplicação das modalidades tarifárias às unidades consumidoras não sofre alteração, tendo ela Geração Distribuída de energia ou não. Assim, a tarifa base sem impostos (TE + TUSD) por posto tarifário, se for o caso, será a mesma.

A diferença na cobrança acontecerá pela mudança na incidência de impostos entre a energia consumida não injetada (sobre a qual recaem todos os impostos) e a energia compensada, que isenta PIS e COFINS para energia injetada originária de unidades consumidoras de mesma titularidade, além do ICMS em alguns casos.

Automatização da captura e processamento de faturas de energia 

Acessar o site de cada concessionária para coletar as informações sobre faturas de energia elétrica é uma tarefa árdua e que ocupa boa parcela de tempo na rotina. Portanto, automatizar a captura e processamento desses documentos é essencial para modernizar o processo de análise de dados e evitar erros de cálculo, o que é comum e muito custoso em ações manuais. 

A PowerHub é um exemplo de solução tecnológica que automatiza e dá mais visibilidade sobre as faturas de energia, minimizando os riscos da operação.