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O uso da API (Application Programming Interfaces) para agilizar a disponibilização de soluções digitais com mais flexibilidade tem se tornado cada vez mais comum. Isso acontece, porque essa tecnologia permite criar interfaces que se comunicam com outras plataformas de forma mais rápida. 

A praticidade das APIs é uma alternativa para as empresas criarem funcionalidades que acrescentam valor aos seus produtos e serviços, adequando-os às necessidades do mercado. Um dado interessante, divulgado em pesquisa recente da RapidAPI, mostra que 40% das grandes empresas globais utilizam, em média, mais de 250 APIs em seus negócios, fazendo parte do ecossistema da API Economy – um conjunto de práticas e soluções projetadas em torno da utilização das APIs.

O uso da API no mercado de energia tem ficado mais corriqueiro com o passar dos anos, incentivado pela digitalização do setor elétrico, permitindo a construção de um espaço de compartilhamento de dados preciso e seguro entre grandes distribuidoras, comercializadoras e consumidores de energia.

O que são APIs e como funcionam?

O conceito da API surgiu muito antes da sua nomenclatura, uma vez que a comunicação entre softwares sempre existiu. No entanto, é perceptível o crescimento da necessidade de se ter uma interface que fizesse a comunicação entre dois sistemas diferentes nos últimos anos. Hoje, as APIs são mais escaláveis e podem ser monetizadas.

Por ser uma solução inovadora, muitas pessoas acabam se perguntando ‘o que é API’, e a resposta é mais simples do que se imagina: uma aplicação digital que possibilita a comunicação entre sistemas diferentes de forma simplificada e independente, sem necessidade da interferência de outros usuários. 

Ou seja, ela garante que os dados extraídos de uma determinada plataforma sejam transmitidos para outra de forma segura e precisa. Essa tecnologia, pela facilidade de comunicação entre sistemas, acaba diminuindo falhas e otimizando recursos das empresas com a automatização de processos. 

Hoje, existem vários tipos de monetização de APIs, sendo as mais comuns:

• SaaS: software como um serviço;
• Revenue Share: neste caso, o provedor participa da receita do construtor do produto. As APIs disponibilizadas para alugar carro em sites de compra de passagens são um exemplo deste modelo;
• Subscription: opção em que se paga por licença de uso;
• Freemium: modelo que permite a utilização de um número limitado de recursos de forma gratuita, como acontece com os serviços do Google, por exemplo.

A arquitetura RESTful (Representational State Transfer) é o padrão de comunicação entre sistemas mais usado nas APIs. Como é mais simples, apresenta leveza na transição de dados e boa conectividade e o pacote de informação que transacionam podem ser lidos tanto pelas máquinas quanto por humanos, por meio dos formatos JSON ou XML – os mais utilizados atualmente.

Utilização das APIs nas tendências tecnológicas

Muitas pessoas, comumente, pensam que as APIs são utilizadas apenas internamente, para aprimoramento de um produto ou até mesmo para adicionar uma camada de segurança a ele. Porém, essas soluções desempenham um papel muito mais amplo, e até mesmo de uso externo. 

Em empresas, a coleta e documentação de dados sobre procedimentos importantes, ao invés de serem alocados em uma planilha manualmente, podem ser automatizados com mais rapidez, precisão e segurança. Neste sentido, existem novas tecnologias surgindo que já se utilizam dessas soluções:

• Rede 5G: que já chegou a alguns estados brasileiros e possibilita a conexão de diversos dispositivos
• Certificados Renováveis de Energia: emissão de IRECs, que atestam a geração de energia limpa
• IoT ou Internet das Coisas: conceito que trata da transformação através de dados para aumentar a eficiência das operações
• Open Energy: movimento a favor da abertura de dados para o setor elétrico, que poderá acontecer com o apoio e desenvolvimento para atender o mercado de energia

Por que utilizar API no setor elétrico?

Com a API Economy, o mercado vai se utilizar com mais frequência as interfaces de programação de aplicativos, seja para otimizar um procedimento ou para oferecer funcionalidades mais completas e práticas aos usuários. E no mercado de energia não é diferente, principalmente, com o forte movimento de digitalização que vem acontecendo no setor elétrico. Além da aproximação da abertura do mercado livre de energia para todos os consumidores de alta tensão, que certamente oportunizará novos negócios e soluções.

As APIs podem ser utilizadas para compartilhar informações sob o gerenciamento das concessionárias de energia elétricas para outras companhias que oferecem serviços de utilidade pública, como gás, água e telecomunicações. Toda essa estrutura de transferência de dados acaba sendo mais rápida e com custo reduzido.

API do setor elétrico

A API já é uma realidade para o setor elétrico. Na Way2, por exemplo, existe a “API do Setor Elétrico”, que disponibiliza informações importantes do setor de energia para outras empresas de forma facilitada. Com essa solução, indicada para desenvolvedores e profissionais que estão em etapa de exploração de dados, é possível checar dados sobre:

• Bandeiras Tarifárias e custos adicionais com atualização mensal;
• Tarifas das concessionárias de todas as distribuidoras e cooperativas do Brasil com atualização mensal;
• Valores do PLD Horário e Semanal com atualização diária e semanal.

A grande vantagem da API do setor elétrico é a centralização de informações que antes eram pulverizadas e se encontravam em formatos diferentes do padrão de APIs (documentos pdf, excel, etc.). Portanto, com essa funcionalidade, os consumidores não precisam mais baixar, reunir e traduzir documentos, acessando de forma rápida pela API. Clique aqui e conheça mais sobre a ‘API do Setor Elétrico’.

API para antecipar a emissão de I-RECS

Outra funcionalidade desenvolvida pela Way2 para o setor elétrico, mais especificamente para o segmento de geração centralizada, é a API que integra os dados de geração com o Instituto Totum, responsável no Brasil pela emissão e gerenciamento dos I-RECs, para antecipar a emissão dos certificados renováveis para até 7 dias. Essa é uma tecnologia em energia que representa um avanço notável para o segmento.

A funcionalidade é uma oportunidade para grandes usinas geradoras clientes da Way2, já que o processo de emissão desses certificados pode ser antecipado para uma semana, um período significativamente inferior ao trâmite habitual, que pode durar até 60 dias. Confira como funciona a solução: