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O setor elétrico está entre os segmentos mais impactados pela transformação digital. Mesmo diante dos desafios impostos pelas aceleradas mudanças impulsionadas pelo avanço tecnológico, o setor elétrico brasileiro está se adaptando para lidar com uma sociedade cada vez mais conectada, engajada e ativa. 

Para isso, o setor elétrico brasileiro tem incorporado recursos tecnológicos que impactam na produtividade e aumento da eficiência operacional na geração e comercialização de energia. O estudo ‘Previsão de Carga para o Planejamento Anual da Operação Energética 2019-2023’, feito em conjunto pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) prevê um crescimento de 3,8% por ano até 2023 no consumo de energia. O documento levou em consideração um crescimento médio da economia brasileira de 2,7% ao ano do PIB entre 2019 e 2023.

Com aumento expressivo do consumo de energia esperado para os próximos anos, a demanda pela produção de energia limpa se faz urgente e necessária, trazendo oportunidades de mercado no setor e, ao mesmo tempo, desafios para reduzir custos dessa modalidade de geração e energia e viabilizar alternativas mais sustentáveis.

Além dos investimentos em energia renovável, o setor elétrico deve implementar soluções inovadoras para modernização do setor elétrico que contribuam para alcançar eficiência operacional, diversificar a matriz energética e assegurar armazenamento de energia. 

Para auxiliar empresas do setor elétrico, a Way2 Technology lançou um ebook interativo Planejamento para Gestão de Energia em 2021, reunindo dicas para quem precisa reduzir custos e ter controle de perfil de carga e consumo, gerenciar dados das unidades consumidoras com inteligência ou se tornar mais competitivo no mercado no próximo ano.

Tendências para o setor elétrico em 2021

Confira os principais acontecimentos do setor elétrico em 2020 e o que esperar para 2021.

Abertura e crescimento do Mercado Livre de Energia 

O Mercado Livre de Energia comercializa cerca de 30% de toda a energia consumida no Brasil com 20GW. Atualmente são mais de seis mil agentes livres e esse número tende a crescer. Tratativas em andamento no setor elétrico buscam uma abertura maior desse ambiente de negócios, tornando-o mais acessível a diferentes tipos de consumidores em um futuro breve.

Nesse sentido, a tendência é uma abertura lenta e gradual nos próximos anos. Isso porque, o Ambiente de Contratação Livre de Energia possibilita mais liberdade na compra e comercialização de energia, mas para fazer parte deste ambiente é necessário seguir algumas etapas.

Saiba como migrar para o mercado livre neste passo a passo.

Mudanças no preço de liquidação das diferenças (PLD)

PLD é o preço utilizado para liquidar a diferença entre os volumes de energia contratados e os efetivamente medidos nas transações do Mercado de Curto Prazo (MCP) entre os agentes setoriais. 

A iniciativa da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) de modificar a forma de cálculo com o PLD horário propõe trazer mais flexibilidade e competitividade ao setor elétrico. A principal diferença é que a energia será precificada diariamente e em base horária, deixando de ser calculada em frequência semanal e em patamares.

O PLD Horário deverá entrar em operação em janeiro de 2021. Isso acarretará em diversos benefícios tanto para geradores como também para grandes consumidores, como por exemplo: distribuição mais justa dos custos, redução do Encargo de Serviço do Sistema (ESS) e novas oportunidades de negócio com geração distribuída, programas de armazenamento de energia, como bancos de bateria e carros elétricos, entre outras possibilidades.

Investimentos em Geração Distribuída e Energias Renováveis

O Brasil está entre um dos líderes mundiais na produção de energia por meio de fontes renováveis. Apesar de se destacar nesse quesito, ainda precisa investir na expansão das fontes renováveis de energia, seja na transmissão e na distribuição para ampliar a participação de fontes limpas nas matrizes energéticas.

Para permanecer na liderança, o país deve criar subsídios para ampliar investimentos em novos modelos de geração de energia limpa, a exemplo do sistema de geração distribuída de energia solar fotovoltaica.

Dessa forma, consegue diversificar sua matriz energética, reduzindo o impacto ambiental e tornando a geração de energia mais sustentável.

Adoção de novas tecnologias para energia

A modernização do setor elétrico passa pela adoção de novas tecnologias para gerenciamento de grandes volumes de dados como Internet das Coisas (IoT), Machine Learning, Inteligência Artificial e Big Data.

Entre as principais transformações digitais que impactam o setor elétrico brasileiro podemos destacar as Redes Elétricas Inteligentes (REIs), também chamadas de smart grid. Trata-se de um conjunto de sistemas de distribuição e transmissão de energia elétrica dotados de recursos de tecnologia da informação e comunicação (TIC). Esses tipos de sistemas automatizam a operação de forma a ampliar sua eficiência energética e operacional.

Confira, abaixo, algumas tecnologias que devem impactar o setor elétrico nos próximos anos:

• Medidores inteligentes;
• Sistemas de micro e minigeração distribuídas;
• Carros híbridos ou elétricos;
• Sistemas computacionais de coleta de dados.

Diante dos desafios e oportunidades que se apresentam ao setor elétrico em 2021, os agentes devem ficar atentos às principais tendências para o próximo ano e utilizar a tecnologia como aliada para aumento de competitividade e sustentabilidade do negócio.