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Por Livia Neves, Redatora na Way2 | 29 março, 2021 | 0 Comentário(s)

Gestão de energia para empresas de saneamento

A busca das companhias de saneamento por uma melhor gestão do seu consumo de energia é crescente. O setor, que fornece serviços essenciais de tratamento de água e esgoto, tem a meta de atingir a universalização do atendimento à população brasileira na próxima década. Para isso será necessária uma gestão mais adequada dos recursos.

gestao de energia para saneamento

A energia é um dos principais insumos para as empresas de saneamento, representando custos anuais milionários para esses grandes consumidores. Para reduzir esses gastos e melhorar sua gestão energética, um dos maiores desafios das empresas de água e saneamento é padronizar as diversas leituras de consumo de energia de suas diferentes unidades consumidoras.

Outra barreira importante é que nem todas usam as tecnologias disponíveis atualmente para identificar os ativos que mais consomem energia através de medições individuais. 

É sobre esses aspectos da gestão de energia para empresas de saneamento básico que falamos neste artigo. Confira!

A gestão de energia no saneamento 

As estações de tratamento de água e esgoto e as máquinas de bombeamento são os principais focos de consumo de energia das empresas de saneamento. Mas é preciso que as empresas façam um monitoramento mais detalhado para encontrar as oportunidades de gestão de energia, sejam elas:

  • Substituição de equipamentos;
  • Mudanças de horários de operação;
  • Aproveitamento energético de resíduos;
  • Migração para o Mercado Livre. 

Por isso, as empresas de saneamento têm procurado a solução PowerHub da Way2, que oferece desde a automação da extração e análise de dados das faturas até a medição individual de consumo dos equipamentos e setores com dispositivos IoT, além de disparar alertas para os clientes de acordo com suas necessidades, gerar dashboards para tomada de decisão e insights de melhorias nas operações.

Há diversas possibilidades para a gestão de energia de empresas de saneamento. Mas antes de adotar estratégias de ação, as companhias de água e esgoto precisam de um diagnóstico do seu consumo de energia. 

Entendendo a fatura de energia elétrica

Entender e comparar as faturas de energia não é uma tarefa simples, já que cada unidade consumidora tem suas características próprias de consumo energético. E as empresas de saneamento precisam ter diversos pontos espalhados na sua área de atuação. 

Além disso, muitas companhias atuam em mais de um estado e são atendidas por diferentes distribuidoras, com modelos de leituras e faturas diferentes, o que dificulta a comparação dos dados para a gestão energética. 

Há soluções para isso, como a extração automatizada dos dados da fatura oferecida pela Way2 através da PowerHub. Ao final, o consumidor recebe em uma interface digital,uma leitura padronizada do consumo de diferentes unidades consumidoras, mesmo que estejam localizadas em mais de um estado, o que facilita a comparação dos dados e a gestão energética. 

Mas também é importante monitorar o consumo de energia antes do faturamento. Por isso, a PowerHub oferece a opção de acompanhamento automatizado da medição do consumo feita pela concessionária de distribuição de energia local, evitando surpresas para o consumidor no final do mês. 

gestao de faturas

Consumo detalhado dos dados energéticos

Não se gerencia aquilo que não se mede. Máquinas de tratamento e estações de tratamento de água e esgoto, são em geral os principais focos de consumo de energia de empresas de saneamento. Mas, dependendo do porte da companhia, são centenas de unidades consumidoras, com diferentes perfis de demanda energética. 

Para identificar soluções mais assertivas na gestão de energia das empresas de saneamento, é recomendável a medição individual do consumo de energia de máquinas e ativos. Com isso, o consumidor tem acesso mais abrangente e detalhado aos seus dados de consumo de energia, diferente da medição final entregue na fatura. 

Novo Marco Legal do Saneamento Básico e novos investimentos

A gestão de energia de empresas de saneamento pode ser estratégica para que o setor atinja os níveis de atendimento estabelecidos pelo novo Marco Legal, aprovado em 2020. Até 2033, o país deve universalizar o acesso à água potável e sair de 54% do esgoto coletado (nível de 2019, de acordo com o SNIS) para 90%. 

Para executar o plano de expansão, serão demandados entre R$ 500 bilhões e R$ 700 bilhões de investimentos, segundo estimativa do Governo Federal. Para essa expansão, será mais que necessário o gerenciamento adequado de energia das companhias de saneamento, reduzindo custos e aumentando a disponibilidade de recursos para investimentos em novos ativos.

O Marco do Saneamento também facilita a contratação de serviços por parte de empresas de água e esgoto, o que pode encorajar o setor a buscar novas tecnologias, como a medição setorizada baseada em IoT, por exemplo.

Mercado Livre de Energia

Por ser um grande consumidor de energia, o setor de saneamento básico brasileiro tem uma participação significativa no Mercado Livre de Energia, onde os contratos de fornecimento de energia são negociados diretamente com as geradoras e as comercializadoras de energia.

Nesse ambiente de contratação livre de energia, as empresas de saneamento representaram 2% da energia consumida no país em 2020, de acordo com dados da (CCEE). Saiba a importância da gestão de energia para consumidores livres.

Bioenergia e sustentabilidade

As atividades empresariais que lidam com resíduos, como o tratamento de água e esgoto, têm um grande potencial de geração de energia a ser explorado. A Abiogás estima que o potencial de geração de biometano – gás não fóssil que pode ser misturado à rede de distribuição convencional – a partir da atual rede de esgoto é superior a 1,5 milhão de m³/dia. Esse potencial poderia dobrar caso as metas do Novo Marco Legal sejam atingidas.

O aproveitamento de resíduos de esgoto para geração de energia está alinhado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS) 3 (Saúde e Bem-estar), 6 (Água potável e Saneamento), 7 (Energia Limpa e Acessível) e 11 (Cidades e comunidades Sustentáveis). De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética, os avanços no ambiente institucional, com políticas, programas e linhas de financiamento, indicam que o aproveitamento energético de resíduos é uma oportunidade estratégica para o setor. 

Certificação ISO 50001 

A ISO (International Organization for Standardization) é uma federação mundial de organismos nacionais de normalização, como a brasileira ABNT, que é membro fundador da ISO. A ISO publica diversas normas internacionais através de comitê técnicos especializados. Em 2011, publicou a ISO 50001, que estabelece as melhores práticas para a implantação de um Sistema de Gestão de Energia.  

Além de prever ações de redução de consumo como iluminação em LED e uso de energia de fontes renováveis, também recomenda a medição permanente do consumo, não só aquela recebida na fatura a cada mês.

A prática, apesar de ainda ser timidamente explorada no Brasil, pode ser mais um motivo para o crescente interesse de empresas de saneamento por uma melhor gestão de energia. 

gerenciar consumo de utilidades

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