Por Francielle Luiz e Michel Muller, Vendas na Way2 | 6 outubro, 2020 | 0 Comentário(s)
Entenda como funcionam e quais são os desafios e oportunidades das usinas de energia solar
Projetos de usinas solares permitem o crescimento de projetos em diferentes escalas, centralizados e distribuídos. Um dos desafios desse tipo de geração é gerenciar os créditos de energia gerada, que pode ser solucionado com o auxílio de uma tecnologia.
A energia solar fotovoltaica é a energia gerada através da conversão direta da luz solar em eletricidade. As UFVs (Unidade Fotovoltaicas), também chamadas de Parques Solares e Complexos Solares, segundo o Plano Nacional de Energia divulgado pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), até 2050, poderão representar até 16% da capacidade instalada total da matriz energética brasileira.
Essa fonte de energia é considerada um das fontes mais limpas de geração de energia elétrica e possui um crescimento exponencial devido a rapidez de construção dos empreendimentos e também através da Geração Distribuída, onde a geração solar é uma das principais fontes utilizadas.
Geração de energia solar no Brasil
A energia solar, é a fonte renovável com maior crescimento de capacidade instalada anualmente no mundo e esta também é uma tendência no Brasil. Em função da localização geográfica, o país recebe altos índices de incidência de radiação solar com relativa uniformidade no território nacional, favorecendo assim o desenvolvimento de empreendimentos solares em diferentes regiões.
Além disso, a modularidade e adaptabilidade da tecnologia fotovoltaica permite o crescimento de projetos em diferentes escalas, centralizados e distribuídos, onde a estratégia pode ser gerar grandes volumes de energia em locais mais remotos ou próximas a geração a carga (consumo de energia), reduzindo os custos de transmissão e distribuição de energia.
O crescimento esperado para os próximos anos indica que teremos muitas UFVs no Brasil em operação comercial. A escassez de chuvas, a pressão ambiental sobre a geração termelétrica, a necessidade da geração estar cada vez mais próxima ao centro de consumo e o empoderamento dos consumidores são fatores determinantes para impulsionar o desenvolvimento do segmento no Brasil.
Também vale destacar o papel social e ambiental por trás da geração de energia solar. A pulverização dos empreendimentos leva renda e oportunidades para comunidades mais vulneráveis, além de gerar energia limpa e contribuir para a redução de emissão de gases nocivos para o meio ambiente que alteram as condições climáticas.
Confira agora como funcionam e quais são os principais desafios e oportunidades das usinas de energia solar:
Geração Solar Centralizada
A Geração Solar Centralizada similar à Grandes Usinas Hidrelétricas Centralizadas, por exemplo, estão afastadas dos centros de consumo. Na sua grande maioria, estes empreendimentos estão no Mercado Livre de Energia, vendendo montantes de energia a grandes consumidores ou participando de leilões de energia junto às distribuidoras, onde grandes volumes serão comercializados em troca de contratos de longo prazo.
Um dos desafios desta modalidade é o acompanhamento da performance da usina, utilizando os dados de geração de energia não só para atendimento regulatório e de seus contratos, mas também no uso de análises preditivas e necessidades de manutenção (limpeza dos módulos). A geração de energia solar demanda um acompanhamento muito próximo da performance do empreendimento pois é extremamente dependente de condições climatológicas e qualquer tipo de variação em sua geração pode impactar de forma acentuada a sua performance financeira.
Neste contexto, é onde os medidores de faturamento podem ser grandes aliados na geração solar. Hoje a tecnologia dos inversores permite a supervisão da energia gerada, porém não com o mesmo grau de qualidade e precisão dos medidores de faturamento, que são calibrados e homologados para apresentar a informação mais consistente possível.
Exatamente neste aspecto o uso da tecnologia aplicada ao Sistema de Medição para Faturamento (SMF) pode dar visibilidade e todo o acompanhamento necessário, não só para cumprimento regulatório, mas também para uma melhor gestão do empreendimento com dados seguros e confiáveis.
Geração Distribuída
Geração Distribuída (GD) é o termo dado à energia elétrica gerada no local de consumo ou próximo a grandes centros de consumo. Essa modalidade de geração possui alguns limites de potência e tecnologia, até o momento a regulação prevê que a usina de Geração Distribuída poderá ter até 5MW de potência instalada. A GD é um segmento relativamente novo no Brasil, mas com um alto ritmo de crescimento. Conforme o levantamento realizado pelo Canal Solar, com base nos dados da ANNEL, a Geração Distribuída no Brasil obteve alta de 77,83% no 1º semestre de 2020 em comparação ao mesmo período de 2019.
Conheça as modalidades da Geração Distribuída de Energia:
- Geração Distribuída junto à Própria Carga: uma única residência, comércio ou indústria, gerando a energia e consumindo no mesmo local;
- Empreendimento com Múltiplas Unidades Consumidoras (EMUC): Condomínios horizontais ou verticais, residenciais ou comerciais, onde a energia gerada pelo condomínio pode ser rateada entre os condôminos;
- Autoconsumo Remoto: duas ou mais unidades consumidoras que pertencem à mesma pessoa física ou jurídica, onde uma unidade gera energia para ser compensada nas demais unidades;
- Geração Compartilhada: consumidores diversos reunidos em cooperativa ou consórcio com o propósito de usufruir dos créditos de energia gerados pela usina.
A Geração Distribuída é atrativa para o setor de redes empresariais, com múltiplas unidades consumidoras agregadas por CNPJ, como por exemplo para unidades varejistas onde a conta de energia é um dos maiores custos da operação, perdendo somente para a folha de pagamento.
A GD também possui um cunho de empoderamento, onde o consumidor final pode escolher gerar sua própria energia ou, ainda, escolher consumir uma energia de fonte limpa, renovável e sustentável. Para ambas personas, as modalidades de Autoconsumo remoto e Geração Compartilhada são interessantes. Contudo, estes modelos trazem um grande desafio: gerir a compensação de créditos de diversas unidades consumidoras de forma fácil e assertiva.
Os desafios para gerenciar créditos de energia solar
Um fator importante nesse cenário é a necessidade de gerenciar créditos excedente de energia solar junto às unidades consumidoras e também trazer visibilidade da economia para o usuário que opta em fazer parte da modalidade que permite a compensação dos créditos de energia.
Neste contexto, é onde a tecnologia pode agregar e ajudar a gerir os dados de geração da usina. Uma solução é a utilização de um sistema de monitoramento baseado na telemedição do medidor da concessionária ou de um smart meter independente que medem exatamente a energia líquida injetada na rede.